Archivos por mes junio 2015
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Aos guardiões da vida e da morte
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Aos guardiões da vida e da morte se ergue uma prece em silêncio. Um contato entre a linha tênue do sono e da realidade. Aos anjos da morte vai endereçada uma reza para que não se morra em vida. Aos guardiões da vida se tece uma oração para que haja vida na morte. E ambos os anjos, sem que desconfiemos, nos espreitam pelo mesmo lado. Residindo nos bosques das esperanças mais profundas e dos desejos inconfessáveis do nosso inconsciente. Os anjos da morte, ao contrário do que possa parecer, não nos levam da vida. Mas, seguem atentos a cada passo que nos aproxime de uma vida que jaz nos dias que morrem no amanhã.
Eles esperam o chamado sincero, que venha dos vales da alma. A salvar-nos de uma vida com uma morte a cada dia...
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Quando o céu está nebuloso
junio 26, 2015
Português
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Quando o céu está nebuloso, a vida te pede um guarda-chuva. Não precisamente para que você não se molhe, mas para caminhar sob o seu próprio teto fictício. E logo perceber que qualquer rajada de vento, não poderá deter os pingos na sua pele.
E se o céu está nebuloso talvez seja porque o caminho não esteja nos raios do sol, mas no calor da sua alma. E o que a aquece, indica o seu desejo mais intrínseco.
Em dias de céu nebuloso, nascem as ideias mais profundas, não porque a tempestade possa ser intensa, mas porque somos obrigados a olhar para dentro.
Porque nos dias de céu nebuloso, o som dos dedos no teclado adornam as esperanças, os olhos no horizonte turvo se sentem mareados. Porque em dias de céu nebuloso, o futuro ganha ares de ressaca na arrebentação...
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Duvidemos sempre
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E a vida às vezes nos põe contra a parede. Exigindo que na próxima esquina as dúvidas se dissipem tal vapor raso. A vida joga. Joga com o acaso e os dias comuns. Por vezes o tempo se esquiva e tarda em nos presentear com os momentos mais sublimes e capturados pela moldura de um porta-retrato.
Disciplinemos a vida. Quando isso seja possível. E respiremos face às dúvidas oblíquas e os truques da mente inquieta. Pensemos besteiras e nos concentremos nas nuvens amarelas e nos dias azuis. Sejamos sinuosos quando a existência nos exija respostas quando só há caminho perseverante e inseguro. Quando o tempo seja duvidoso e não agarremos a areia que se esvai como ampulheta.
Deixemo-nos levar pela incongruência da imaginação infantil...
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