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Córtex e visceral
abril 3, 2020
Poesia
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Seres humanos com veias expostas. Com a matéria cerebral a mostra. A alma em dança exógena, encapsulando em um corpo artesanalmente diminuto. À tanta centelha etérea. Divina egrégora dos ânimos que pouco se calam. Que resvalam o sentir mais que escarnado, às razões do outro lado que pululam em nossa órbita. Humanos com ares de Vênus, de magia descosturada, que desbarreiram adjetivos em um glossário de emoções extintas em corações normais. De primeira imagem anormal, de sinapse entre córtex e visceral que não pousam em qualquer beira. Mas que espantam e encantam a arte de vestir um corpo humano a sua maneira. Deixando um rastro de poeira cósmica, por onde passam em terrena glória.
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Verbo subcutâneo
noviembre 20, 2019
"AFLORISMOS"
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Introduza-me um verbo subcutâneo. Uma cânula por baixo dos panos. Um poemário insano. Uma oda a todos os anos. Aos conjuros mais profanos. Onde arda a sede dos que se calam às tardes. Onde a conjugação seja em alto relevo. Ao panteão de Freya e todos os deuses. Onde a mente emudeça todos os dizeres. Introduza-me uma realidade paralela. Onde o teu ventre seja catapulta densa, mais além de porta ou janela.Renata Vázquez
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Felicidade em prosa ou crônica
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Felicidade é simples. É flor , é caule, é pétala é raiz. É densidade de saber-se existir. E persistir. Felicidade é crônica. Benigna. Exímia. A sessenta por hora. É joelho é junta, é base , prólogo e epílogo. É achar cada dia, uma cédula de algo que nomearam moeda, um telegrama, uma foto, em um bolso esquecido . E pode ser no final do domingo. No mar manso ou no deserto. É rimar a céu aberto. Vestindo a mente. Por dentro da alma. E o coração no topo. Da cabeça. Felicidade é a frequência Hertz mais apropriada. A canastra suja ou a jogada perfeita. Sem ordem de importância. É a discrepância do “tanto faz” benevolente. É o que não é óbvio ou evidente. Mas o verbo mais latente do seu dicionário pessoal. Costurando o trivial. É substantivo em falta, por v...
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Todos muito loucos. Somos.
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As pessoas estão muito loucas. E somos todos muito loucos. Explorando vielas e matizes. Que nos façam esgueirar de nossas próprias verdades. Nossas nuas densidades. Entre becos. Ou atalhos. Nos resvala um passe . À lucidez ingélida. Do deixar ser. Deixar nascer. Deixar fluir. Deixar. E seguimos todos muito loucos. Intoxicados pelas sombras no espelho , talvez refletido em um vitral. Ou por aquele coito paranormal. Uma epifania cósmica . De que a loucura generalizada é a anamnese perfeita. E a mecha de cabelo, ou do fogo esparcido, seguirá apartada do fogo. Como oléo em agua com co-morbidades poéticas distintas. Como as tintas de uma mancha conjugal. Ou um nexo verbal não identificado . E seguiremos todos muito loucos. Engolindo. Sem digerir...
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E se vamos juntos ao nosso enterro. E brindamos pelo aprendido.
octubre 6, 2018
Crônicas, Micro relato, Português
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E se vamos juntos ao nosso enterro. E brindamos pelo aprendido. Dos nossos corpos doloridos. Porque ignoramos. O livre arbítrio. E se vamos juntos ao precipício. E lançamos ao mar. As peles não reveladas. Mais além da carne rimada. Desnudada prosa. Entre estranhos. Mais que queridos. E se vamos juntos ao desfecho. Ao ponto e vírgula ou reticência. Ao seu personagem vago. E ao meu eu lírico. Se cancelamos os delírios. E nos olhamos frente a frente. Cara a cara. Sem corpo a corpo. Por primeira vez. E se lentamente. E nesse enterro. A terra não nos tragasse . E revelasse um sentimento adormecido. Um querer mais que bonito. Para sermos mais que amigos. A luz do dia . Com zíper rígido.
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Liberemo-nos espaço – no lapso temporal.
septiembre 23, 2018
Poesia
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Quando o autor da própria existência tem lampejos fora da matrix, vê a maleabilidade da realidade. E das escolhas que aprisionam. Das decisões que liberam espaços. Gigas, ou páginas de memória afetiva. Ou seletiva. Reordenemos os registros. Os balanceios do caos. Mental ou cerebral. Aquele parafuso emocional. Fora do tempo. Atemporal. Reordenemos os neurônios. E as sinapses oxidadas. Liberemos o wifi interno. Pactuando um novo prumo. Um leme apontando onde dorme. O anseio mais profundo.
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Identidade ‘S’
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Como se imprime na percepção alheia…Algo que é como uma impressão digital. Porém oculta. Algo que se revela. Mas não se mostra. Até a página três. Cada qual tem uma marca única e irrepetível. E não tente desvendá-la a primeira vista. A olhos nus, ninguém é o que parece ser. Doce delícia de descortinar e desvendar peles. Ocultas sob a fachada de derme exposta. Sob os ofícios da rotina arrastada, cada qual tem sob a face uma identidade revelável , somente à meia luz. Ou a pouca – nenhuma- roupa.
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Esse apostar as fichas, na desenvoltura do alvo ou digamos interlocutor, faz a demora ser extremamente inspiradora. Não tente apostar entre preto ou vermelho. Pessoas vem e vão. Qualquer sabor desvanece sem as especiarias adequadas. Há seres de muitas matizes a descobrir... -
Nos toca falar das almas rotas
julio 15, 2018
Crônicas, Micro relato, Português
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Eis que nos toca falar das almas rotas. Seres de sorriso imenso . E devaneios de muitos gestos. E trejeitos. Os bobos sem
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Misericórdia. De riso fácil. E alma destemperada. Os que bebem cerveja pelo gargalo. E se afogam em mares de praias. Impróprias para banho. Os que preferem pilates . À psicanalise. Que trocam a roupa de cama. Sem se importar se a lua é cheia. Ou minguante. Hoy nos toca hablar. De las almas rotas. Em espanhol. Mesmo . Para que se toque mais fundo. Esse filtro 3D. De que a realidade é uma delícia. E o seu ofício de aliterações interessantes. Não te põe contra a parede. E falemos dos rotos de espírito. Do âmago bagunçado. Com o bug mental. De muitos traumas calados. Das historias de amor e dor. Maltrapilhas. E dediquemos às almas rotas... -
Amoralidade afetuosa aguda – versada
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Quantas camadas de intimidade. Se pode desbravar. Até poder-se catalogar. Um ser . Em ser. Humanoide confiável? Quantos laços etéricos de amoralidade. Entre nós. Até que seja palpável o afeto. Transbordável. Em segredos. Anseios. Que se compartem. Entre dois. Quantas camadas de intimidade. Cumplicidade. Densidade. Para que se conceda . À rotulada luxuria. Um ressignificado. Um laço de quatro traços. Um divino velcro de dupla face? Quantas
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Camadas
De vulnerabilidade. E entranhas expostas. Para que a melodia ganhe a nota. Da simbiose perfeita. Da mão esquerda. Ambidestra. Que manuseia os denotativos. Conotativos . E não julga. Não reprova. Quantas camadas de intimidade até que se cale o super ego. A id. E se dilacere a sombra não integrada. Quantos aspectos de coexistência... -
Belamente louco
junio 14, 2018
Poesia
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Se de todo louco. Se herdasse um pouco. Da descordura de ser. Servente e serviente. Da anormalidade requerida. Por um coração livre, em alma desabotoada. Toada desvestida. De aparências esperadas. Pelo lógico, obvio, aceitável ou corriqueiro. Se o isqueiro acendesse as mentes. Dementes e indelentes. Seres dormidos. Esquecidos da real essência. Aguda ou crônica. E essa crônica. Fosse uma ode a loucura. Congênita ou adquirida. Grande magia. Ou nirvana de poucos. E se a insana lucidez fosse a perene e indelével- Frequência equânime. Almejada. Vértebra ao vento. Sentimento orgânico – não adulterado. Se de todo louco. Se aprendesse um pouco. Se louvasse o outro. Que não julga. Que se expõe. Que sobrepõe. Razão e pensamento. Em compartimentos espaçados. E se o passado resultasse em algo...
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